Letras Ambientais é finalista da etapa nacional do Prêmio CONFAP de C&T


Cerimômia de entrega do Prêmio CONFAP. Foto: Ascom da Confap.


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No dia 13 de março deste ano, ocorreu em Brasília (DF) a cerimônia de entrega do Prêmio CONFAP de Ciência, Tecnologia & Inovação – Johanna Döbereiner, edição 2023. O resultado final foi divulgado dia 15 de fevereiro, pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP). 

O Instituto Letras Ambientais foi finalista da etapa nacional, na categoria “Profissional de Comunicação”, representado pela jornalista associada Catarina Buriti. Ela possui doutorado em Recursos Naturais e experiência de mais de 15 anos com jornalismo científico.

A reportagem selecionada foi “Pesquisa identifica pela primeira vez regiões áridas no Nordeste brasileiro”, publicada no periódico online “Letras Ambientais” (ISSN 2674-760X). A produção jornalística alcançou o 3o. lugar na categoria. 

A matéria resultou da cobertura do Seminário de Políticas Públicas para Desertificação, realizado pelo Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), em novembro de 2023. Na ocasião, foram apresentados os resultados da Auditoria operacional coordenada pelos tribunais de contas do Nordeste, visando fiscalizar e cobrar políticas públicas de combate à desertificação.

Em dezembro de 2023, a matéria venceu a etapa estadual da Chamada Pública. Em seguida, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), responsável pela seleção no estado, a indicou para concorrer à etapa nacional do Prêmio. O resultado definitivo será publicado até o próximo dia 16 de fevereiro.

Reportagem abordou surgimento de áreas áridas no Semiárido

Pesquisador Humberto Barbosa_desertificação

Pesquisador Humberto Barbosa apresenta resultados da pesquisa. Foto: TCE-PB.

O foco da reportagem selecionada foi a recente descoberta do cientista Humberto Barbosa, de que as áreas áridas e semiáridas do Nordeste brasileiro se expandiram, nos últimos 20 anos. De forma mais grave, a pesquisa concluiu que essas áreas já reduzem nuvens de chuva na região.

Fundador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), Humberto também colaborou com a reportagem finalista na etapa nacional do Prêmio CONFAP, fornecendo mapas e informações, baseados em dados de satélites.

Diante da situação dramática de piora na desertificação e degradação das terras no Semiárido brasileiro, a reportagem contribui para alertar e qualificar a sociedade civil, comunicadores populares, gestores de políticas e tomadores de decisão, sobre a gravidade do risco de expansão das áreas áridas e semiáridas no Brasil.

De acordo com a jornalista Catarina Buriti, até recentemente, não se sabia que a região já possui áreas severamente degradadas, consideradas áridas. Por essa razão, aprofundar esse tema para os cidadãos, explicar a complexidade e os riscos que isso implica, especialmente no contexto da emergência climática, do aumento das secas e da desertificação, é extremamente relevante.

“Divulgar esse tema é estratégico para promover a conservação ambiental, a adaptação à mudança climática, a ampliação das políticas de adaptação à seca e o desenvolvimento sustentável da região”, completa Catarina.

Divulgação científica para conter o processo de desertificação

Áreas desertificadas nos Cariris paraibanos

Áreas áridas nos Cariris paraibanos. Fonte: Lapis.

O Letras Ambientais é especializado em informação ambiental e climática, orientada por dados de satélite. Criado em 2020, tem como principal missão aprofundar e contextualizar temas complexos da área de ciências ambientais e climáticas, gerando informação qualificada e acessível à população.

A produção jornalística do Letras Ambientais considera que a conservação ambiental e a adaptação à emergência climática se tornaram pilares para a promoção do desenvolvimento e a elaboração de políticas nessa área. Por essa razão, leva em conta que o conhecimento científico popularizado é base fundamental para a participação qualificada da sociedade civil.

O combate à expansão da desertificação e das áreas áridas ou semiáridas passa pelas estratégias de conservação ambiental (dos solos, da vegetação da caatinga, da biodiversidade e das águas). Mas isso só será possível a partir da articulação entre ciência, política e sociedade/cidadãos.

“Essa é a importância estratégica de divulgar amplamente o problema da degradação das terras, sob a perspectiva do jornalismo científico. Esse enfoque permite destacar o avanço da ciência, a construção de novas metodologias, os desafios ainda sem respostas da ciência e os impactos para a sociedade”, completa Catarina.

Sobre o Prêmio

A CONFAP é uma organização sem fins lucrativos que articula 27 agências estaduais de fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação no Brasil. Em sua 3ª edição, a premiação nacional promovida pelo Conselho tem patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A premiação será concedida a pesquisadores que se destacaram em pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, contribuindo para a produção do conhecimento em benefício do desenvolvimento e do bem-estar das populações brasileiras.

O prêmio também reconhecerá a atuação de profissionais de comunicação que, por meio do jornalismo científico, tenham contribuído para aproximar a ciência, a tecnologia e a inovação da sociedade.

COMO CITAR ESTE ARTIGO:

LETRAS AMBIENTAIS. [Título do artigo]. ISSN 2674-760X. Acessado em: [Data do acesso]. Disponível em: [Link do artigo].

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