Agricultura irrigada na região de Matopiba, a partir de imagens do Planet. Fonte: Lapis.
Neste post, vamos atualizar a situação climática das regiões brasileiras, a partir de mapas, resultado do monitoramento semanal por satélite, realizado pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis).
As imagens de satélite utilizadas neste post fazem parte do portfólio de produtos para monitoramento agrometeorológico desenvolvido pelo Laboratório. Com essas ferramentas, é possível se manter atualizado sobre variáveis como distribuição da chuva, cobertura vegetal e umidade do solo, em qualquer área do território brasileiro.
O mapa semanal da anomalia da umidade do solo, processado com dados do satélite SMOS (sigla do Soil Moisture and Ocean Salinity), com dados atualizados no último dia 13 de agosto.
O mapa da umidade do solo se refere à quantidade de água contida na superfície do solo, a uma profundidade de até 5 cm, sendo uma ferramenta fundamental para monitoramento agrícola.
O destaque do mapa acima é o alto nível de umidade do solo no Sul e no oeste do Brasil, além do Nordeste, desde o norte da Bahia até o Rio Grande do Norte.
Em Rondônia, em grande parte do Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, no Paraná e no Rio Grande do Sul, os solos estão bastante úmidos.
Já no leste da Bahia, de Minas Gerais e de São Paulo, além do Espírito Santo, Rio de Janeiro e grande parte da Amazônia brasileira, a umidade do solo está abaixo da média, indicando predomínio de estiagem, na última semana.
O mapa processado pelo Laboratório Lapis é um dos indicadores que fornecem, com maior agilidade, uma radiografia da situação da umidade do solo nas regiões brasileiras, sendo fundamental para o planejamento agrícola.
A imagem de satélite foi gerada no software QGIS, com uso do método de geoprocessamento “Mapa da Mina”, do Laboratório Lapis. Para aprender a gerar esse e outros tipos de mapas/indicadores, baixe o Livro gratuito “Como dominar o QGIS: o guia definitivo para mapeamento”.
De acordo com o mapa da intensidade da seca, no período de 01 a 10 de agosto, predominaram chuvas acima da média, em toda a área oeste do Brasil (áreas em azul e roxo, no mapa). Essas áreas abrangem desde o Amazonas e o Acre até o Sul do Brasil.
Nas demais áreas do Brasil, as chuvas permaneceram em torno da média, durante o período. A exceção são algumas áreas pontuais do Nordeste e do Pará, com registro de chuvas acima da média.
Com essa ferramenta, é possível se manter atualizado sobre os volumes de chuva, em qualquer área do território brasileiro, nas últimas semanas. A imagem de satélite é mais um dos produtos de satélite que fazem parte do portfólio de monitoramento do Laboratório Lapis.
Esse é mais um dos produtos de satélite essenciais à orientação agrometeorológica, sendo decisivo para o planejamento e a tomada de decisão na produção agrícola.
Recomenda-se a utilização da imagem de satélite juntamente com outros mapas semanais, que mostrem a radiografia de variáveis como cobertura vegetal, umidade do solo e precipitação, um tripé de imagens aplicadas à análise de variáveis agrometeorológicas.
O mapa da intensidade da seca também foi processado no software QGIS, a partir de dados do produto CHIRPS, por meio do cálculo do Índice de Precipitação Padronizado (SPI).
Para saber mais sobre esse e outros indicadores ambientais e agrometeorológicos, que fazem parte do portfólio de produtos de satélites do Laboratório Lapis, baixe nosso e-book gratuito.
>> Leia também: O melhor portfólio de produtos de satélites para monitoramento agrícola
Outro produto resultado do monitoramento por satélite das regiões brasileiras, feito pelo Laboratório Lapis, é o mapa da cobertura vegetal.
De acordo com o mapa, no período de 08 a 14 de agosto, a vegetação se manteve verde em grande parte da região Sul e da região Norte do Brasil, além da área leste do Nordeste, norte do Maranhão e do Mato Grosso.
A imagem de satélite mostra predomínio de seca ou ausência de vegetação sadia, em toda a área central do Brasil, que abrange o Centro-Oeste e o Sudeste. Em grande parte do Nordeste, também predominou seca forte, com exceção do leste do Semiárido brasileiro.
O mapa foi processado no software QGIS, a partir de dados do satélite Meteosat-11, por meio do cálculo do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI).
Para saber mais sobre esse e outros indicadores ambientais e agrometeorológicos, que fazem parte do portfólio de produtos de satélites do Laboratório Lapis, baixe nosso e-book gratuito.
Por fim, vamos analisar a atual situação da cobertura vegetal do novo Semiárido brasileiro, a partir do mapa do Índice NDVI, processado no software gratuito QGIS.
De acordo com a imagem de satélite, baseada em dados do período de 08 a 14 de agosto, toda a área leste do Nordeste e do Semiárido brasileiro se manteve com vegetação verde, em função das chuvas significativas recebidas nas últimas semanas. No norte do Maranhão, do Piauí e do Ceará, também há predomínio de vegetação verde.
Por outro lado, em grande parte do Semiárido brasileiro, há registro de seca intensa afetando a vegetação. Essas áreas secas abrangem o norte de Minas Gerais, toda a área central e parte do norte da região.
Em Matopiba, fronteira agrícola que, no Nordeste, vai desde o oeste da Bahia, passa pelo sul do Piauí e do Maranhão, também há predomínio de vegetação muito seca.
O mapa de NDVI é um dos indicadores amplamente utilizados para monitoramento da seca, pelos impactos diretos do estresse hídrico sobre a vegetação.
Esse mapa de alta tecnologia, baseado em dados do satélite Meteosat-11, combina a ciência geográfica com o poder do Sistema de Informação Geográfica (SIG). É uma importante ferramenta, que governa a tomada de decisão em diversos setores, especialmente na agricultura.
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Para elaborar esse tipo de índice ou produto de satélite, com resultados visualizados em mapas, conheça o método “Mapa da Mina”, do Laboratório Lapis. O Curso é um treinamento prático que realmente ensina a dominar o software livre QGIS, desde o básico até o avançado. Para conhecer o método, assista a esta apresentação.
LETRAS AMBIENTAIS. [Título do artigo]. ISSN 2674-760X. Acessado em: [Data do acesso]. Disponível em: [Link do artigo].
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