Radiografia atualizada da caatinga, vista a partir satélites



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É surpreendente observar como a vegetação do Nordeste brasileiro ficou completamente verde. Nas últimas semanas, as chuvas deram uma nova fisionomia ao mapa da região, mantendo a caatinga revigorada, depois de recuperar suas folhagens.

O Nordeste tem recebido volumes significativos de chuvas, que se estenderá pelos próximos três dias, de acordo com a previsão do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), divulgada nesta sexta-feira, dia 24 de maio.

>> Leia também: Veja estados do Nordeste que registraram mais chuvas nos últimos dias

Neste post, iremos atualizar, a partir de imagens de satélites, a atual condição da vegetação, em cada estado do Nordeste brasileiro. Os mapas utilizados neste post foram fornecidos pelo Lapis, que monitora, semanalmente, dados de satélites, para atualizar a condição da vegetação, umidade do solo e precipitação no Semiárido brasileiro.

Confira, a seguir, a análise de cada mapa: 

1) Alagoas

 

Em todo o estado de Alagoas, a vegetação da caatinga está verde. O destaque, no mapa, são as áreas em vermelho intenso, na microrregião do Sertão, que correspondem a terras degradadas.

2) Bahia

Há tempo que o mapa da vegetação da Bahia não aparecia tão verde, como o desta semana. A caatinga se recuperou em praticamente todos os municípios baianos.

>> Leia tambémCaatinga: um dos biomas menos protegidos do Brasil

As áreas em amarelo e em vermelho aparecem, no mapa, apenas no nordeste e no oeste do estado. Em geral, estão associadas, respectivamente, à seca moderada e à degradação das terras, podendo também estar relacionada à topografia da região.

3) Ceará

Mais uma vez, o Ceará lidera o ranking, como o estado que ficou mais verde no Semiárido brasileiro. As poucas áreas do mapa, em vermelho intenso, indicam áreas degradadas ou em processo de desertificação. 

4) Maranhão

No Maranhão, praticamente toda a vegetação está verde. As áreas em amarelo, na imagem de satélite, indicam seca moderada, apenas no sul do estado.

5) Paraíba

Quase todo o estado da Paraíba está verde. O indicador do vigor da vegetação no estado é importante, em função de ser considerado um dos mais secos do Brasil.

Destaca-se, no mapa da vegetação, as áreas em vermelho intenso, que correspondem à degradação das terras ou ao processo de desertificação, sobretudo nas microrregiões dos Cariris e do Seridó. Já as áreas mais amareladas, indicam seca moderada.

6) Pernambuco

Em Pernambuco, a caatinga também está verde, em praticamente todo o estado. Apenas na região do São Francisco, há áreas em tons de vermelho intenso, que indicam degradação das terras ou desertificação.

As áreas em amarelo, no mapa, são indícios de seca moderada ou mesmo ruídos da topografia do local.

7) Piauí

O mesmo se observa no Piauí. O reverdecimento da vegetação no estado é impressionante.

Pelo mapa, apenas no sudoeste piauiense, ainda predominam áreas amareladas ou em vermelho intenso, associadas, respectivamente, à seca moderada ou à degradação das terras.

8) Rio Grande do Norte

 

No Rio Grande do Norte, as chuvas também tornaram possível a recuperação da caatinga. Chama atenção, contudo, como observamos nos demais estados, as áreas em vermelho intenso, na área Central do estado e no Leste Potiguar, que indicam terras degradadas.

Em função de a vegetação ter ficado verde, na maior parte do estado, a imagem de satélite tornou possível, indiretamente, identificarmos as áreas em processo de desertificação no Semiárido brasileiro, como é o caso dessas áreas vermelhas, no mapa do Rio Grande do Norte. 

9) Sergipe

Sergipe é mais um estado do Nordeste, onde se observa, no mapa, a vegetação completamente verde. A exceção é apenas para áreas de alguns municípios do Sertão, onde o vermelho intenso sinaliza para áreas gravemente degradadas.

Semiárido brasileiro

Aproveite e confira uma das raras imagens de satélites, que mostra praticamente toda a caatinga verde, bem como a região do Semiárido brasileiro. 

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COMO CITAR ESTE ARTIGO:

LETRAS AMBIENTAIS. [Título do artigo]. ISSN 2674-760X. Acessado em: [Data do acesso]. Disponível em: [Link do artigo].

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